Autora: Maria Lúcia Pires de Menezes
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Ao abordar a formação do Parque do Xingu por meio de sua história territorial de 1943 a 1961, a autora ilumina parte do processo de desbravamento de amplos espaços do “sertão” associado à tentativa conflituosa de fortalecimento do poder central do Brasil. A análise em diferentes escalas – nacional, regional e local – constitui uma contribuição original para a elucidação desse processo. Os resultados, que visavam o desenvolvimento e a colonização, não se concretizaram. O Parque Indígena do Xingu, criado nesse processo, foi uma categoria singular de parque, diferente tanto dos parques nacionais quanto das reservas indígenas, e significou a criação de um território sob controle do Estado. Foi a população indígena do Xingu a que mais sofreu nesse processo, com a redução de sua área original e o controle e reestruturação das relações.
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