Efeitos e danos da implantação de “grandes projetos de desenvolvimento” em territórios sociais

Marcos Cristiano Zucarelli
Antonio Carlos de Souza Lima
Daniela Fernandes Alarcon
Bruno Pacheco de Oliveira
Marcelo Artur Rauber
(orgs.)
O presente volume inaugura a série de três livros intitulada Desenvolvimentismo(s) e territórios indígenas: tecnologias de poder e estratégias de luta. A obra aborda os efeitos sociais e danos socioambientais das estratégias de gestão e implementação de formas de exploração neoextrativistas, buscando sistematizar o conhecimento sobre as políticas governamentais dirigidas aos povos indígenas no Brasil contemporâneo, com foco especial nas primeiras décadas do século XXI. Como o projeto foi desenhado em 2015, durante o quarto mandato presidencial do Partido dos Trabalhadores (PT), ele focava, inicialmente, os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011) e Dilma Rousseff (2011-2016). Contudo, mostrou-se absolutamente imprescindível não apenas ter em conta uma maior profundidade histórica, de acordo com as políticas em tela, mas também estender a análise até o presente, considerando os dramáticos acontecimentos desencadeados a partir de 2016. Afinal, desde o impeachment de Dilma Rousseff até a pandemia de Covid-19 disseminada em inícios de 2020 e ainda em curso, mudanças que já se esboçavam anteriormente e configuram tensões permanentes à vida dos povos indígenas no Brasil ganharam um ritmo de intensa aceleração. Nesse período, assistimos ainda, como inflexão fundamental, a eleição de Jair Messias Bolsonaro (hoje do Partido Liberal — PL) em 2018, e da 56ª Legislatura do Congresso Nacional.
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