Danos socioambientais da infraestrutura de produção

Daniela Fernandes Alarcon
Marcos Cristiano Zucarelli
Antonio Carlos de Souza Lima
Bruno Pacheco de Oliveira
Marcelo Artur Rauber
(orgs.)
Dando seguimento às discussões apresentadas no primeiro volume da série, voltado a obras de infraestrutura em sentido mais ampliado, este livro estreita o foco para o chamado setor elétrico, examinando as imbricações entre a produção e a distribuição de energia elétrica, de um lado, e os povos indígenas, de outro. No período mais diretamente focalizado na série, foi central a discussão em torno da usina hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, na bacia do Xingu (que se estende pelos estados do Pará e de Mato Grosso), dando a ver os danos de toda ordem por ela causados, largamente discutidos na mídia e nas ciências sociais. Esse intervalo foi marcado também pelo espectro da construção de dezenas de UHEs e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) na bacia do Tapajós — que se estende pelos estados do Pará, de Mato Grosso e do Amazonas —, incluindo o conjunto de sete UHEs que se convencionou chamar Complexo Hidrelétrico do Tapajós. Ao tempo que se observa um notável avanço da fronteira hidrelétrica sobre a Amazônia, é importante notar que projetos de UHEs e PCHs, assim como de outras formas de geração de energia, inclusive nuclear, têm se alastrado também pelas demais regiões do país, afetando povos indígenas em diversos contextos.
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