Coleção Documentos Sonoros

A Coleção de registros sonoro-musicais Documentos Sonoros tem por objetivo disponibilizar, tanto para um público de pesquisadores e músicos, quanto para um público mais amplo, gravações e informações sobre gêneros e expressões musicais brasileiros, com ênfase na música indígena e na música popular e folclórica. Na Coleção são oferecidos tanto gravações originais como parte do acervo do Setor de Etnologia do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Cada CD, resultado de pesquisas de campo ou de restauração e digitalização do acervo já existente, é acompanhado por textos e ilustrações informativas, em linguagem acessível e introdutória, sobre os gêneros musicais gravados e o contexto social em que estes são gerados.

Apresentação

Esta Coleção insere-se em um movimento de revitalização do acervo do Setor de Etnologia do Museu Nacional em sua atividade científica de pesquisa, conservação e difusão do conhecimento, iniciado no ano de 2000 com a produção de Mapeamento do acervo sonoro do setor de Etnologia do Museu Nacional (2000), base para a elaboração da proposta de produção e edição de documentos sonoro-musicais. Objetiva-se, por um lado, iniciar um trabalho de recuperação do acervo existente na instituição, especialmente dos cilindros de cera contendo as gravações de Edgard Roquette-Pinto (1912); por outro, dar continuidade ao trabalho de constituição de acervo através de novos registros, ampliando o espectro original que tem marcado o setor (sobretudo música indígena brasileira) para outros campos como a cultura popular e a religiosidade afro-brasileira.

Objetivos Gerais do Projeto

  • Estimular a pesquisa científica e a formação dialógica de arquivos
  • Difundir a um público amplo parte do conhecimento desenvolvido no Museu Nacional
  • Restaurar parte do acervo do Setor de Etnologia
  • Digitalizar e organizar os materiais existentes no acervo sonoro do Setor de Etnologia
  • Incentivar a associação entre o Museu Nacional e instituições locais que desenvolvam atividades no campo do registro e do fortalecimento das identidades culturais locais
  • Realizar novos registros, ampliando o acervo da instituição
  • Editar esses registros em forma de CDs acompanhados de livretos com informações básicas destinadas a um público amplo escritas por membros da equipe de pesquisa e das instituições e atores locais

Parcerias

Museu Magüta (Benjamin Constant – Amazonas)

O MUSEU MAGÜTA foi criado em 1990 na cidade de Benjamin Constant, alto rio Solimões, Amazonas, mas só veio a ser oficialmente inaugurado em 1994, por conta de represálias por parte de grupos locais opositores à organização indígena. O Museu nasce como símbolo de resistência cultural, de fortalecimento e reconhecimento da identidade indígena. Além das atividades museológicas, o Magüta é também sede do Conselho Geral da Tribo Ticuna, instituição que há anos desenvolve ações nas áreas de demarcação territorial, saúde, educação e promoção cultural.

Memorial Yá davina (São Matheus – Rio de Janeiro)

O MEMORIAL IYÁ DAVINA constitui-se num núcleo de pesquisa e documentação aberto à visitação pública, que abriga acervo (objetos, fotografias, desenhos, certidões e textos) referente à religião dos orixás e à formação das primeiras comunidades-terreiro de candomblé no Rio de Janeiro. Instalado no espaço-físico da comunidade-terreiro Ilê Omolu Oxum, o Memorial Iyá Davina pretende servir como instrumento de acesso à informação e demanda de interessados tanto da comunidade do entorno ao terreiro, quanto à demanda de pesquisadores que vêm ao longo dos anos procurando o Ilê para obtenção de dados sobre religiões, cultura e sociedade afro-brasileiras. É o primeiro centro de preservação de memória no distrito de São Matheus, São João de Meriti, município fluminense que concentra o maior contingente percentual da população negra do Estado do Rio de Janeiro. Constitui-se num canal de preservação e reconstrução da memória histórica das religiões afro-brasileiras, de seus personagens integrantes ou, mais especificamente, de uma parte da história da cultura e sociedade brasileiras.

Phonogramm-Archiv do Museu für Völkerkunde (Berlim-Alemanha)

O Phonogramm-Archiv de Berlim foi fundado em 1910 por Carl Stumpf, na Universidade de Berlim. Atualmente, o Phonogramm-Archiv é uma seção do Museum für Völkerkunde de Berlim inteiramente dedicada à pesquisa e ao registro em etnomusicologia. O acervo da instituição é composto de mais de 145.000 gravações de expressões musicais representando a herança cultural de inúmeros povos de todo o mundo. Estas gravações estão disponíveis nos mais diversos suportes sonoros: fonogramas Edison, fitas digitais e analógicas e todos os tipos de discos (desde 78 rpm até LPs e CDs). Seu acervo de cilindros de cera é o maior do mundo, aí tendo se desenvolvido as técnicas de restauração e digitalização de gravações nesse suporte.

Patrocínio

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A Coleção

Ile omolu Oxum. Cantigas e toques para os Orixás (2004)
Parceria: Memorial Yá Davida (RJ)

Rondônia 1912. Gravações históricas de Roquette-Pinto (2008)
Parceria: Phonogramm-Archiv do Museu für Völkerkunde (Berlin, Alemanha)

Magüta arü wiyaegü. Cantos tikuna (2009)
Parceria: Conselho Geral da Tribo Tikuna/Museu Magüta

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